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terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Suicídio coletivo dos guaranís/Kaiowás. O que fazer?

• Palavra Metodista Oficial sobre a questão do Suicídio coletivo dos guaranís/Kaiowás - Pastora Maria Imaculada Conceição Costa Pessoa de Referência para a Pastoral Indígenista. • Postado por Rev. José - 'Mano Zé do Egito" em 29 outubro 2012 às 21:30 O Suicídio coletivo dos guaranís/Kaiowás. O que fazer? Primeiramente, o fato do povo metodista não ter conhecimento da presença da Igreja Metodista junto e com os povos indígenas em 10 frentes no Brasil, sendo que hoje estamos em 3 frentes, quer dizer que infelizmente, nosso povo só busca informação e se manifesta quando existe uma notícia de repercussão internacional. A Igreja Metodista desde 1928 está presente com o povo Guaraní/Kaiowá no MS, lutando com os mesmos em sua luta pela vida, e nos últimos 29 anos com Pastor Paulo e Pastora Ima. Informo ainda, que no ano corrente saíram várias reportagens no órgão oficial da Igreja- Expositor Cristão, sobre os trabalhos executados pela Igreja junto aos povos indígenas, inclusive com visita da nossa Secretária Executiva para a Vida e Missão da Igreja - Revda. Joana D'Arc Meireles. E ainda mantemos uma comunidade no site brasil metodista com postagem de noticias, quase que diárias mas com apenas 75 membros!!!! Mas vamos lá: O que fazer? Se a interpretação dada pela imprensa: " grupo de 170 índios ameaça fazer suicídio coletivo em Iguatemí " - Dourados News, 24/10/2012, fosse de morte coletiva: " decidimos integralmente a não sairmos daquí com vida e nem mortos", com certeza, a repercussão não teria grande alarde pois, seria apenas mais uma notícia de despejo, determinada por juiz de 1ª instância como esta: 27/10/2012 09h10MPConesulnews -MPF pede novo mandado judicial para desocupação de terra indígena em Mato Grosso O Ministério Público Federal em Mato Grosso entrou com uma nova ação na Justiça pedindo a retirada de fazendeiros da Terra Indígena Marãiwatsédé, no norte do estado. A área pertence aos índios xavantes, mas é ocupada ilegalmente por cerca de 7 mil não indígenas. Mas, quando se fala em suicídio coletivo, isso gera uma certa comoção pois o suicídio individual de crianças e adolescentes não causa mais impácto. Isso porque, embora nunca tenha ocorrido suicídio coletivo entre os Guaran/Kaiowá, o individual continua acontecendo com frequência desde 1989 (ver notícia da Globo onde o repórter fazendo menção a uma matéria de uma revista, fala em 863 suicídios contabilizados. Vemos este número como bem maior com certeza pois muitos não são registrados. Entre os contabilizadfos pelo repórter não está uma indígena de 15 anos da aldeia Bororó em Dourados que suicidou no final da semana passada, o que não foi noticiado pela imprensa local. Com relação aos despejos, a repercussão é quase a mesma do suicídio individual, haja visto que, muitas comunidades indígenas do MS já foram despejadas pelo menos 5 vezes e não houve repercussão alguma, como foi o caso das aldeias: Cerro Marangatu, Campestre, Guassuti, Jarará, Sucuruí, Rio Brilhante, Lima Campo, Porto Lindo e outras.. Hoje, por causa da repercussão internacional que teve essa notícia de "suicídio", os setores do governo ( legislativo e executivo), mostram rapidez em tomarem providências, ainda que seja, "pra inglês ver" como é o caso da notícia de 27/10/2012 - Dourados News: " situação de Guaranís/Kaiowás será tema de audiência da Comissão de Direitos Humanos. Quando o presidente da Comissão, senador Paulo Paim do PT do RS afirmou que pretende realizar o debate com as partes envolvidas no conflito, o quanto antes. E ainda o senador Rodrigo Rollemberg do PSB do D. F., afirmou: "uma tragédia comprometeria a imagem do Brasil no mjundo inteiro e causaria enorme prejuizo à etinia". É muito bom lembrar, que em outros momentos, já aconteceram CPIs por causa dos suicídios, por causa da desnutrição e por causa da terra com presença de deputados na reserva indígena de Dourados e em outras aldeias com muita repercussão e pouquíssima ação. É bom observar que para essa reunião dos deputados com as lideranças indígenas do Bororó foram usadas as dependência da Missão Metodista Tapeporã e no decorrer desta reunião, lideranças indígenas enfatizaram a importância da Igreja Metodista e da Missão Kaiowá da Igreja Presbiteriana. O que fazemos? No documento da Igreja Metodista - Diretrizes Pastorais para a Ação Missionária Indigenista - 1999, em sua página 13, aborda sobre a posse da terra que é também uma garantia constitucional. A Igreja Metodista entende que a terra é garantia da alimentação, da saúde, da alegria, da celebração, da memória das lutas de resistência e da esperança dos povos indígenas. E dentro desse seu entendimento, ela se compromete entre outros, a denunciar e condenar qualquer invasão a essas terras. De forma que toda e qualquer iniciativa tal qual a de Fortaleza e de 7 de Novembro é muito bem vinda pois é importante que os/as metodistas estejam envolvidos/as, manifestando-se, somando esforços com outras pessoas e grupos, na promoção da vida e contra qualquer ação que ve4nha produzir morte. Pastora Maria Imaculada Conceição Costa Pessoa de Referência para a Pastoral Indígenista. Paulo da Silva Costa 20:33 (2 horas atrás) Fonte: Via Gmail